Preço da gasolina sobe até R$ 0,33 por litro após alta do ICMS, diz pesquisa do Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade

Levantamento feito pelo Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade indica que o preço da gasolina nos postos brasileiros subiu até R$ 0,33 por litro, com o repasse da elevação do ICMS após o início da vigência do novo modelo de cobrança do imposto.

O levantamento traz dados de 30 mil postos em 14 estados. A maior alta foi verificada em Pernambuco, seguida por Rio Grande do Sul (R$ 0,29), Espírito Santo (R$ 0,18) e Roraima (R$ 0,15). Em São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Bahia, o aumento foi de R$ 0,09 por litro.

Parceria entre a marca de mobilidade e gestão de frotas Veloe e a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisa Econômica), Panorama comparou a variação de preços entre quarta-feira (31) e quinta (1º).

O novo ICMS entrou em vigor nesta quinta, com uma alíquota única nacional de R$ 1,22 por litro. O valor é R$ 0,20 superior à média praticada pelos estados na segunda quinzena de maio, de acordo com o consultor Dietmar Schupp, especializado em tributação de combustíveis.

Estados que tinham alíquota superior experimentaram queda nos preços. É o caso de Amazonas (R$ 0,06 por litro) e Piauí (R$ 0,03 por litro). Em Tocantins, Alagoas e no Rio Grande do Norte, o levantamento não identificou mudanças significativas.

A alta interrompe um período de queda nos preços, resultado de corte de R$ 0,40 por litro promovido nas refinarias da Petrobras no dia 17 de maio, quando a estatal deu início à sua nova política comercial, que abandona o conceito de paridade de importação.

Além dos impostos estaduais, o preço da gasolina será novamente pressionado no início de julho, quando o governo federal deve voltar a praticar alíquotas integrais de PIS/Cofins, que haviam sido zeradas por Bolsonaro e retomadas parcialmente por Lula em março.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chegou a dizer que a Petrobras havia segurado parte do corte para compensar o aumento de impostos, mas voltou atrás após negativa da estatal.


Fonte: Marcos Frahm

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