TEA – Transtorno do Espectro Autista
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) refere-se a uma série de condições caracterizadas por desafios com habilidades sociais, comportamentos repetitivos, fala e comunicação não-verbal, bem como por forças e diferenças únicas.
Alguns sinais do autismo podem ser detectados precocemente tais como:
Dificuldade em sustentar contato visual enquanto é alimentado;
Ausência de resposta clara ao ser chamado pelo nome;
Atraso no desenvolvimento da linguagem verbal e não verbal;
Desconforto com afagos e ao ser pego no colo;
Aversão ou fixação a algumas texturas, incômodos com determinados sons e barulhos, comportamentos repetitivos e estereotipados (enfileirar brinquedos, rodopiar em torno de si mesmo, balançar o corpo).
Os sinais mais óbvios do Transtorno do Espectro Autista tendem a aparecer entre 2 e 3 anos de idade. Em alguns casos, ele pode ser diagnosticado por volta dos 18 meses.
O que fazer com a criança portadora de TEA (Transtorno do Espectro Autista) durante o isolamento social?
As pessoas com autismo tendem a ter problemas com mudanças de rotina. Além disso, é bastante comum que elas sintam dificuldades para lidar com o tempo, especialmente crianças. A espera costuma ser difícil para elas, pois não conseguem ser pacientes e tendem a ficar ansiosas. O mundo para elas é algo confuso, que ainda estão aprendendo a entender. Mudanças de rotina não são somente difíceis, são como tirar totalmente aquilo em que elas se sustentam, por isso faz-se necessário estabelecer um quadro de rotinas que devem ficar visíveis, especialmente aquelas em que a criança tem mais dificuldade, esse quadro é a melhor forma de fazer com que a criança compreenda aquilo que já aconteceu e o que se espera que ela faça. Muitas delas não conseguem compreender porque não estão indo à escola, porque não estão fazendo as atividades rotineiras, elas têm dificuldades de adaptar-se ao novo.
Algumas dicas para manter a rotina fora da escola.
Devemos ter cuidado ao toque e com as palavras a criança autista é hipersensível, não aceita tom de voz alto e não é muito receptivo a abraços.
Ao perceber que uma determinada palavra a incomoda, procure estudar o que isso pode significar para a ela. Tudo o que você falar, explique palavra por palavra.
Desperte a sua atenção aproveitando os momentos em que ela esteja relaxada, use figuras, imagens de objetos e paisagens que podem despertar seu interesse pela atividade.
Demonstre que você está feliz com a presença dela em casa e que ajudá-la é algo prazeroso.
Brinque fazendo atividades lúdicas, tente descobrir a sua habilidade e invista nisso.
Conte histórias usando um repertório de gestos, olhares e tons de voz. Esse pode ser um jogo bem produtivo, porque incentiva a concentração sobre a história, enriquece a linguagem e favorece o vínculo.
Maria Sales
Pedagoga
Psicopedagoga Institucional e Clínica
Especialista em Gestão Educacional
Pós graduanda em Docência do Ensino Superior
Curso de Comunicação Escrita
Curso de Educação de Jovens e Adultos - EJA